The Doors foi uma banda de rock norte-americana
formada em 1965.
O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek
(teclados), Robby Krieger
(guitarra)
e John Densmore
(bateria). A banda recebeu influências de
diferentes estilos musicais, como o blues e jazz.
Canções como "Break on Through (To the Other Side)",
"Light My Fire",
"People Are Strange" ou "Riders on the Storm", aliadas à
personalidade e escândalos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de
sobremaneira para o aumento da fama do grupo.
Após a dissolução da banda no início da
década 70, e especialmente desde a morte de Morrison em 1971, o interesse nas
músicas dos Doors tem-se mantido elevado, ultrapassando mesmo por vezes o que o
grupo teve enquanto esteve activo. Em todo o mundo, os seus discos e DVDs já venderam mais de
50 milhões de cópias, e continuam a vender cerca de 2 milhões anualmente.
Origens (1965 - 1966)
As origens dos The Doors
surgem de um encontro ao acaso entre dois estudantes da escola cinematográfica UCLA, Jim Morrison
e Ray Manzarek,
em Venice Beach,
Califórnia
em Julho de 1965.
Morrison disse então a Manzarek que andava a escrever canções e, a pedido de
Manzarek, cantou "Moonlight Drive". Impressionado pelas
letras de Morrison, Manzarek sugeriu que formassem uma banda.
O teclista Ray Manzarek estava
numa banda chamada Rick And The Ravens com o seu irmão Rick Manzarek,
enquanto Robby Krieger e John Densmore
tocavam com os The Psychedelic Rangers e conheciam Manzarek das aulas de
yoga e meditação.
Em agosto,
Densmore juntou-se ao grupo e juntamente com os membros dos Ravens e o baixista
Patty Sullivan, gravaram uma demo de seis canções em setembro
de 1965.
A demo foi bastante pirateada e acabou por surgir completa mais tarde, em 1997, na coletânea dos
Doors.
Nesse mesmo mês o grupo
recrutou o guitarrista Robby Krieger e o alinhamento final estava formado —
Morrison, Manzarek, Krieger e Densmore. A banda retirou o seu nome do título de
um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception", que por seu
turno havia sido 'emprestado' do verso de um poema do artista e poeta do século XIX,
William Blake:
"If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man
as it is: infinite" (em pt: Se as portas da percepção fossem
abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito).
Os Doors não tinham uma
formação comum à maioria dos grupos rock porque não possuíam qualquer baixo quando actuavam ao
vivo. Deste modo, Manzarek tocava as secções de baixo com a sua mão esquerda no
recentemente inventado Fender Rhodes bass
keyboard, uma variação do conhecido piano eléctrico Fender
Rhodes, enquanto tocava as partes de teclado com a sua mão direita. Já nos
álbuns de estúdio, os Doors usaram diversos baixistas, tais como Jerry Scheff,
Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, Larry Knechtel, Leroy
Vinegar e Ray Neapolitan.
Muitas das canções originais
dos Doors eram compostas pelo grupo, com Morrison ou Krieger a contribuirem com
a letra e melodia inicial, e os restantes com as sugestões rítmicas e harmónicas
ou até secções inteiras (por exemplo, a introdução de Manzarek em "Light My Fire").
Em 1966, o grupo tocava no
clube The London Fog, tendo pouco tempo depois passado para o Whisky a Go
Go. A 10 de agosto, foram vistos pelo presidente da Elektra
Records, Jac Holzman, que se encontrava presente a recomendação do
vocalista dos Love, Arthur Lee,
que estava ligado à Elektra. Após Holzman e o produtor Paul A.
Rothchild verem duas performances da banda no Whisky a Go Go, os
Doors assinaram contrato com a Elektra Records a 18 de agosto,
tendo marcado aí o início da longa e bem sucedida parceria com Rothchild e o engenheiro de
som Bruce Botnick.
A hora foi fortuita, pois a 21 de agosto
o clube despediu a banda após tocarem a canção "The End". Num incidente que serviu de
presságio para a polémica que seguiria o grupo, um Morrison pedrado recitou a
sua própria interpretação do drama grego
"Oedipus Rex"
no qual o protagonista Oedipus mata o seu pai e faz sexo com a sua mãe. A versão de Morrison consistia em "Father? Yes son? I want to kill
you. Mother? I want to fuck you" (em pt: Pai? Sim filho? Eu quero matar-te. Mãe?
Eu quero foder-te).
Durante a última performance pública dos
Doors com o alinhamento original, na "Warehouse" em Nova Orleães,
Louisiana,
a 12 de
Dezembro de 1970,
Morrison aparentemente teve um colapso nervoso, tendo deixado cair por várias
vezes o microfone ao chão.
De qualquer forma, os Doors recuperaram
definitivamente, nesta altura, o estatuto que haviam perdido nos registos
anteriores (excepto Morrison Hotel) com L.A. Woman,
lançado em Abril de 1971.
Apesar da saída de Rothchild da produção, este álbum regressava às origens R&B
da banda. Rothchild recusou-se a produzir o novo reportório por o considerar
"música cocktail", tendo entregue o trabalho a Botnick. Como
resultado desta mudança, os Doors produziram aquele que é considerado um dos
seus registos mais históricos. Os singles "Love Her
Madly" e "Riders on the Storm" tiveram sucesso nas
rádios e nos tops norte-americanos, e ainda hoje em dia passam com regularidade
nas programações de rádio.
Em 1971, após a gravação de L.A. Woman,
Morrison decidiu parar algum tempo para descansar e partiu para Paris com a namorada,
Pamela Courson, a 11 de Março. Ele havia visitado a cidade no Verão anterior e
sentia-se confiante em escrever e explorar aquele local.
Em Junho, voltava a ter problemas de
álcool. A 16 de Junho,
a última gravação conhecida de Morrison foi feita quando ele travou amizade com
dois músicos de rua num bar e convidou-os para ir a um estúdio. Os resultados
foram lançados em 1994 num "bootleg CD" designado The Lost Paris
Tapes.
Morrison morreu em circunstâncias
misteriosas a 3 de Julho de 1971. O seu corpo foi
encontrado na banheira do seu apartamento. Foi concluído que morreu de ataque
cardíaco, embora tenha sido revelado mais tarde que não foi realizada qualquer
autópsia antes do corpo de Morrison ter sido enterrado no Cemitério de Père Lachaise
a 7 de Julho.
Ainda existem rumores persistentes de que
Morrison simulou a sua morte para escapar à fama ou que morreu num clube
noturno e o seu corpo foi então levado secretamente para o seu apartamento.
Contudo, no seu livro Wonderland Avenue, Danny Sugerman, antigo manager
de Morrison, afirma que durante o seu último encontro com Courson, que ocorreu
pouco tempo antes de ela morrer de overdose de heroína, esta confessa ter feito
Morrison entrar na droga e, por causa dele ter medo de agulhas, foi ela que lhe
injectou a dose que o matou.
Os restantes membros dos Doors continuaram
durante mais algum tempo a actuar, considerando inicialmente em substituir
Morrison com novo vocalista. Chegou-se a afirmar que Iggy Pop
era um dos cantores considerados para a possível entrada. No entanto, Krieger e
Manzarek ficaram com os vocais, lançando mais dois álbuns, Other Voices
e Full Circle,
e partiram em mais uma digressão. Ambos os álbuns venderam menos que os
registos da era Morrison, e por isso os Doors pararam as actuações e as
gravações no final de 1972. O último álbum entrou no território do jazz. Os álbuns só foram
relançados em CD na Alemanha e Rússia, num pacote 2 em 1.
O terceiro álbum lançado após a morte de
Morrison, An American Prayer, surgiu em 1978. Este
consistiu na adição de música às recentemente descobertas gravações de
recitação de poesia por parte de Morrison, constituindo assim os primeiros
registos a serem lançados postumamente. O álbum foi um sucesso comercial e foi
sucedido pelo lançamento de um mini-álbum com material ao vivo inédito.
Em 1979, Francis Ford Coppola, que estudou com
Morrison na UCLA, lançou o filme Apocalypse
Now, com "The End" a ter destaque na banda sonora.
Quatro anos depois, foi lançada uma apresentação ao vivo sob o título de Alive, She
Cried.
Em 1991, o realizador Oliver Stone
lançou o filme The Doors, com Val Kilmer
no papel de Morrison e presenças especiais de Krieger e Densmore. A
interpretação de Kilmer e o próprio filme foram bem acolhidos pela crítica,
apesar das suas imprecisões. Os membros do grupo criticaram o retrato feito por
Stone sobre Morrison, fazendo-o passar por um sociopata descontrolado. O cantor
Billy Idol
fez uma aparição no filme e gravou uma cover de "L.A. Woman". Em Janeiro de 1993, o grupo foi
introduzido no Rock and Roll Hall of Fame. Durante a
apresentação, contaram com a presença de Eddie Vedder,
vocalista do Pearl Jam,
para cantar "Light My Fire" e "Break on Through".
Em 2004, a Rolling Stone
colocou o Doors no 41º posto na sua lista dos 100 Maiores Artistas de Todos
os Tempos. No ano anterior, já havia considerado os álbuns The Doors,
L.A. Woman e Strange Days os 42º, 362º e 407º melhores
álbuns de sempre, respectivamente. Já as canções "Light My
Fire" e "The End", ambas do primeiro álbum do grupo, foram
consideradas, respectivamente, as 35ª e 328ª melhores
canções de sempre.
Bastante atividade foi anunciada em 2006 por ocasião do 40º
aniversário do álbum homónimo de estreia da banda. Para comemorar a efeméride,
saiu mais um box-set com os seis primeiros álbuns de estúdio, o livro
"The Doors by The Doors" e foi anunciado o início da produção de um
documentário oficial sobre o grupo.
Em 2007, o The Doors foram galardoados,
juntamente com o Grateful Dead e Joan Baez,
com o Grammy Lifetime Achievement Award
nos Grammy Awards
de 2007 e, a 28 de Fevereiro, receberam uma estrela no Passeio da
Fama de Hollywood. Pelo meio, a 16 de Fevereiro, Ian Astbury
abandona o Riders on the Storm, para relançar a sua antiga banda The
Cult, sendo sustituído por Brett
Scallions, antigo vocalista do Fuel.
A 24 de Julho
é lançado um álbum triplo com registos ao vivo de uma actuação dos Doors na
Boston Arena a 10 de Abril de 1970.
A popularidade dos Doors hoje em dia é
demonstrada pela quantidade de cópias que os seus álbuns continuam a vender.
Em abril de 2010, foi lançado o
documentário When You're Strange de Tom DiCillo, que conta a
história da banda, é narrado pelo ator Johnny Depp.
FONTE.:http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Doors
Light My Fire
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