Titãs
é uma banda de rock brasileira formada
em São Paulo, em 1982.
Ativa há trinta anos, tornou-se uma das quatro maiores bandas do BRock, ao lado de Legião
Urbana, Os Paralamas do Sucesso, e Barão
Vermelho. Algumas de suas músicas de maior sucesso são Sonífera Ilha,
Flores, Polícia, Família, Comida, O Pulso, Go
Back, Domingo, Enquanto Houver Sol, Homem Primata, Bichos
Escrotos, Cabeça Dinossauro, Pra Dizer Adeus, Marvin, AA
UU, Epitáfio, Diversão e Porque Eu Sei Que é Amor.
Formação e primeiros trabalhos
A maioria dos integrantes da banda se conheceu no
Colégio Equipe, em São Paulo, no final da década
de 1970 e, a partir de uma apresentação na Biblioteca Mário de Andrade no ano de
1981, passaram a fazer shows em várias casas noturnas da cidade, com o nome Titãs
do Iê-Iê.
Antes do surgimento dos Titãs do Iê-Iê, os
integrantes da banda já tocavam em vários grupos. Arnaldo Antunes e Paulo
Miklos eram parte da banda Performática; Nando Reis era percussionista da banda
Sossega Leão; Branco Mello, Marcelo Fromer e Tony Bellotto formavam o Trio
Mamão e as Mamonetes, no qual chegou a se apresentar na televisão, num programa
em que Wilson Simonal, após a apresentação dos 3 garotos,
disse que eles precisavam evoluir, e que tinham um gosto mais moderno. Sérgio
Britto e Marcelo Fromer também chegaram a se apresentar no Chacrinha,
sendo "gongados" cantando a música "Eu Também Quero
Beijar", sucesso de Pepeu Gomes.
O primeiro show dos ainda Titãs do Iê-Iê ocorreu no
dia 28 de setembro de 1982, no SESC Pompeia, descrito pelo hoje baixista e
vocalista da banda Branco Mello como uma "sessão maldita", pois
teria começado muito tarde, sendo esta após a meia-noite. No ínício, a banda
contava com visual extravagante, com penteados estranhos, maquiagens e ternos
coloridos, além de gravatas de bolinhas. Além disso, a primeira formação
contava com 9 integrantes, sendo eles Arnaldo
Antunes, Branco Mello, Marcelo
Fromer, Nando
Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony
Belloto, Ciro Pessoa e André
Jung, dos quais 6 deles eram vocalistas. Arnaldo, Ciro e Branco eram apenas
vocalistas. Sérgio Britto cantava e tocava teclado em algumas músicas. Paulo
Miklos e Nando Reis se revezavam no baixo e cantavam, Tony e Marcelo tocavam
guitarra e violão respectivamente e André Jung tocava bateria.
O primeiro álbum
Em 1984, Ciro Pessoa decide sair da banda e, logo após isso,
assinam com a gravadora WEA
e gravam seu primeiro disco, agora com o nome oficial de Titãs,
retirando o Iê-Iê, que causavam problemas na fala de apresentadores de rádio
e casas de show, pois sempre era confundido com Iê-Iê-Iê,
vertente da qual se originou a Jovem Guarda.
Nesse disco homônimo estão grandes sucessos da
banda como "Sonífera Ilha", que foi em 1984 a música mais tocada nas
rádios brasileiras, rendendo à banda diversas apresentações em programas do Raul Gil, Chacrinha,
entre outros.
Nesse mesmo disco, os Titãs colocaram nas rádios a
música "Toda Cor", além de uma das mais importantes da história da
banda: "Marvin". Embora ela faça parte desse disco, não fez sucesso
naquele momento, fato que ocorreria quatro anos mais tarde, quando os Titãs
lançaram uma versão mais técnica e melhorada da música. O mesmo fato
aconteceria com outra faixa do disco, Go Back.
Sai André Jung, entra Charles
Gavin
Após um show no Rio
de Janeiro, no final de 1984, os Titãs decidiram substituir o baterista André
Jung por Charles Gavin. Há tempos a banda não estava
satisfeita com a forma com que André tocava e, conforme a insatisfação com ele
aumentava, crescia também a admiração por Charles
Gavin, baterista que estava naquele momento ensaiando com o RPM, e que também já
tinha feito parte do grupo Ira!. A notícia de que seria substituído na banda não agradou
André, pois ele pretendia passar o ano novo com sua namorada no Rio de Janeiro
e celebrar o sucesso da canção "Sonífera Ilha". Com a decisão da
banda, André voltou para São Paulo e dois dias depois entrou para o grupo Ira!.
Outro músico que não ficou satisfeito foi Paulo
Ricardo, que descobriu que Charles Gavin tinha saído do RPM ao assistir um
programa de TV, que mostrava a preparação do Titãs para um show, já com Charles
entre seus integrantes. Este fato deixou um clima tenso entre o baixista e
vocalista do RPM e o novo baterista dos Titãs.
O disco Televisão
Os Titãs gravaram seu segundo disco em 1985. O álbum Televisão, produzido por Lulu Santos.
O disco serviu para colocar a faixa-título nas rádios, além das músicas Insensível,
O Homem Cinza, Massacre e Dona Nenê. A banda ainda não
conseguia colocar no disco todo o peso que a banda tinha em palco e, além
disso, a produção de Lulu Santos não agradou muito ao octeto. A idéia do LP, de que cada faixa
representasse um canal televisivo, também contribuiu para o fato de que o disco
não tivesse uma unidade maior. As vendas foram bastante modestas. Cerca de 25
mil exemplares foram vendidos.
Chegada ao estrelato
Em novembro de 1985, Tony
Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos (o primeiro por porte
e o segundo por porte e tráfico de heroína). Bellotto foi libertado sob fiança. Arnaldo Antunes,
por sua vez, permaneceu atrás das grades por mais tempo, sendo libertado após
um mês. O episódio teve um grande impacto na banda. Ofertas de shows
escassearam e os Titãs perderam sua aura de "inocência" diante da
mídia.
Após esses acontecimentos, os Titãs entraram
novamente em estúdio, cuja principal mudança veio na parte da produção do
disco, que ficou a cargo de Liminha, o principal produtor da época. As relações entre a
banda e o produtor não eram das melhores, devido a uma declaração de Branco
Mello de 1985 em que dizia que "todos os discos que Liminha produzia
pareciam iguais" e também "que era bom mesmo que Liminha não
produzisse a banda". O produtor, ao saber disso, não perdeu a chance de
jogar as declarações na cara da própria banda, antes de aceitar assumir o
projeto. Após o mal-entendido, o grupo e o produtor iniciaram uma grande
parceira, que também se repetiria nos próximos três discos da banda. Liminha
conseguiu fazer com que a banda colocasse em disco todo o peso dos shows.
Também foi o primeiro produtor que realmente teve coragem de sugerir mudanças
em algumas faixas, coisa que até aquele momento a banda não aceitava.
Em junho de 1986 é lançado o terceiro álbum da
banda, Cabeça dinossauro. O disco mostrou a banda
com uma sonoridade mais agressiva, visto as influências da cultura
punk em letras contundentes que não poupavam as principais instituições da
sociedade brasileira ("Estado violência", "Polícia", "Família" e "Igreja"). A canção "Igreja" chegou a
causar discordância na banda: enquanto a maior parte dos integrantes considerava
a canção genial, Arnaldo Antunes não se sentia bem com os versos "Eu
não gosto de padre, eu não gosto de madre, eu não gosto de frei... Eu não entro
na igreja, não tenho religião...". Também havia divergências
religiosas entre dois integrantes: Arnaldo sempre declarou acreditar em Deus,
ao contrário do baixista Nando Reis (autor da canção), que sempre se declarou
ateu. Devido a isso, sempre que a canção era tocada, o vocalista se retirava do
palco, em um silencioso protesto.
Devido ao tom agressivo, Cabeça dinossauro
foi praticamente barrado nas rádios e na televisão, porém a situação começava a
mudar. Após um começo de turnê desapontador (shows para 30 ou menos pessoas),
as apresentações cada vez mais agressivas passaram a atrair milhares de
pessoas. O marketing espontâneo não demorou muito e, por fim, os Titãs
ganharam seu primeiro disco de ouro. Sem outra alternativa, as emissoras se
renderam ao sucesso e começaram a tocar. Algumas se davam ao luxo de pagar
multas para tocar as faixas censuradas, como "Bichos Escrotos".
Titãs - Cabeça de Dinossauro
Um novo caminho
"Cabeça Dinossauro" abriu várias
portas para os Titãs. Além do aumento do número de shows, do cachê e da atenção
da mídia em cima do trabalho do grupo, a última faixa do disco abriu portas
para uma nova sonoridade que seria muito utilizada no disco seguinte da banda.
"O quê?", 13º faixa do álbum, foi gravada de forma diferente
das demais do disco. Nela foram utilizados samplers, além
de bateria eletrônica. Sua gravação durou uma semana, e o resultado agradou
tanto à banda quanto aos fãs.
No centro das atenções
Era dessa forma que os Titãs estavam no ano de 1987. O último disco
era aclamado por público, crítica e artistas de várias estirpes da música, como
Caetano
Veloso e Legião Urbana.
A glória e a descoberta de novos caminhos sonoros
estimulou a banda a entrar em estúdio para gravar seu 4º disco, Jesus não tem dentes no país
dos banguelas. Curiosidade: os lados A e B do LP foram batizados de Lado J
e Lado T, para que o público não ouvisse automaticamente o lado onde estariam
apenas os grandes sucessos. A utilização de samplers e bateria eletrônica
foi constante nas primeiras 7 faixas do disco, causando grande revolução
sonora. Dentre as faixas, destacam-se a faixa-título, Diversão, Corações
e mentes e Comida, enquanto as outras seguiam a linha ditada pelo
disco anterior, como em Lugar Nenhum, Nome aos Bois e Desordem.
O disco seguiu o ritmo de vendas do disco anterior,
e colocou de vez os Titãs entre as grandes bandas nacionais, graças ao sucesso
da parceria com Liminha. O produtor chegou a ser considerado o "9º
titã", devido às participações em shows do grupo paulista.
Após algumas apresentações internacionais, a banda
gravou ao vivo uma seleção de músicas antigas e lançou o álbum "Go Back",
em 1988.
O auge da parceria Titãs-Liminha consolidou-se em
"Õ Blésq Blom", lançado em setembro de 1989, uma das produções
mais populares até então. Seus principais sucessos eram "Miséria",
"Flores", "O Pulso" e "32 Dentes".
Um dos destaques curiosos deste trabalho foi a participação especial do casal
de repentistas
pernambucanos
Mauro e Quitéria, descobertos pela banda numa praia de Recife.
As primeiras mudanças
Lançado em 1991, na baixa do
mercado fonográfico brasileiro oriunda da crise econômica do governo Fernando Collor de Mello, "Tudo ao
Mesmo Tempo Agora" foi um baque para os críticos, defensores
incondicionais da banda.
O disco marca uma retomada da estética de "Cabeça
Dinossauro", no entanto mais cru, com mixagem irregular e canções
escatológicas. Num arroubo de confiança, os próprios integrantes produziram o
disco e o fracasso comercial do trabalho foi possivelmente o estopim para a
saída de Arnaldo Antunes, que passou a se dedicar a uma
carreira solo.
"Titanomaquia" de 1993 continuou o
trabalho anterior, com uma instrumentação "pesada" e letras escatológicas,
mas com a novidade de contar com a produção de Jack Endino,
produtor de bandas importantes como o Nirvana,
Soundgarden
e Skunkworks,
3° álbum solo de Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden.
A mídia se mostrou mais receptiva, mas as vendagens continuaram modestas.
Inicio da nova fase
Após passar o ano de 1994 de férias, os
Titãs voltaram em 1995
para lançar um novo disco. Domingo trouxe um Titãs menos escatológico, porém com um som
ainda pesado. O disco serviu para que a banda acabasse com os rumores de que
iria se separar. Nesse disco, os Titãs fizeram sua primeira cover.
A Era Acústico MTV
Em 1997, para comemorar os 15 anos de carreira, a banda aceitou
participar do projeto Acústico MTV. O CD e vídeo, gravado no Teatro João Caetano, no Rio
de Janeiro, chegou ao impressionante número de 1,7 milhões de cópias,
mostrando um lado desconhecido do grupo: os sete integrantes, junto com o
produtor Liminha, tocando instrumentos desplugados, em ritmo menos barulhento.
Além de ser o Acústico mais vendido do Brasil,
também contou com grupos de cordas e metais. O disco também trouxe várias
participações especiais: o cantor argentino Fito Paez e
o reggaeman Jimmy Cliff,
além das cantoras Marisa Monte, Marina Lima
e Rita Lee.
As duas últimas, gravaram sua participação em estúdio. Destaque também para o
ex-titã Arnaldo Antunes, que também participou do disco na
canção "O Pulso". Para a crítica e maioria dos antigos fãs, esse foi
o último disco considerado bom da banda. O sucesso do disco foi bastante
refletido nos dois discos seguintes.
Titãs - O Pulso
Novos fãs, novas críticas
Aproveitando-se do sucesso do disco anterior, a
banda lançou em 1998 Volume Dois, uma espécie de continuação do
"Acústico", com releituras de outros sucessos e faixas inéditas.
Entre os principais destaques estavam as inéditas Sua Impossível Chance
e Amanhã Não Se Sabe e a releitura de Insensível, do segundo
disco da banda. Porém, o boom veio com a regravação de É Preciso
Saber Viver, um antigo sucesso de Roberto
Carlos, que consolidou o ótimo desempenho do álbum, que chegou a 800 mil
cópias. A crítica mostrou-se menos receptiva, chegando a alegar que a banda
teria se vendido ao mercado.
A banda recebeu o Troféu
Imprensa do mesmo ano, como Melhor Conjunto Musical de 1998.
Em 1999, veio o disco As Dez Mais, o
primeiro trabalho inteiramente não-autoral. Com dez faixas, sendo regravações de
cantores como Tim
Maia, Roberto Carlos e Raul Seixas,
e bandas como Legião Urbana e Ultraje
a Rigor.
"As Dez Mais" também teve sucesso de
vendas, com 500 mil cópias, porém a crítica reviveu sua virulência dos tempos
de Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. A maior parte
das críticas foi contra a regravação de Pelados Em Santos, sucesso dos Mamonas Assassinas que ajudou a alavancar as
vendas dos Titãs. Outros também disseram novamente que a banda havia "se
vendido" ao mercado.
A morte de Marcelo Fromer
Em 2001, os Titãs assinaram com a Abril Music e
estavam prestes a iniciar a gravação de mais um trabalho. Porém, no dia 11 de Junho
de 2001, o
guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por uma moto em São Paulo e morreu
dois dias depois.
Pensou-se na época que a morte de Fromer seria o
fim da banda. João Augusto, então diretor da Abril Music, chegou a declarar que
concordaria com qualquer decisão, caso a banda anunciasse uma possível
separação. Porém, eles decidiram seguir em frente.
A vida sem Fromer
Fromer era o responsável pela guitarra base da
banda. Com o início das gravações de A Melhor Banda de
Todos os Tempos da Última Semana, houve dúvidas sobre a gravação: Tony
Bellotto, guitarrista solo, pensou em gravar todas as guitarras do disco, porém
mudou de ideia. Chegou-se a propor que Paulo Miklos e Branco Mello se
revezassem no instrumento, porém a decisão final foi convidar o músico Emerson
Villani, que já tinha tocado com a banda durante alguns shows e turnês,
inclusive substituindo Marcelo no ano de 1998, quando ele foi
convidado para comentar a Copa do Mundo FIFA de 1998 pelo canal SporTV.
O repertório permaneceu inalterado: as 16 faixas já
haviam sido escolhidas antes da morte de Fromer.
Seus principais sucessos foram as canções "A Melhor
Banda de Todos os Tempos da Última Semana", "O Mundo é Bão, Sebastião!", "Epitáfio" e "Isso". Esta
penúltima foi o maior sucesso dos Titãs em 2002.
Agenda cheia, grandes premiações, grande sucesso,
porém uma pessoa não estava em sintonia com as alegrias e ambições futuras da
banda.
A saída de Nando Reis
Nando Reis, o baixista, declarou em 2002 que não se
sentia preparado para gravar mais um disco com a banda, alegando que as mortes
do guitarrista Marcelo Fromer e também da cantora Cássia
Eller, grande amiga do músico, ainda o abalavam muito.
Na ocasião, a saída foi oficializada, ainda que o baixista
nunca tenha dito aos companheiros que estava pulando fora. O processo de
separação já existia desde 1993, quando Nando não conseguiu se adaptar ao
estilo pesado do disco Titanomaquia, ao mesmo tempo que gravava com artistas da
MPB.
No dia 9 de setembro, a banda e o músico lançaram
comunicados no site oficial falando sobre as razões da separação.
Agora um quinteto
Em 2003, os Titãs lançaram o disco Como estão vocês?. O disco não vendeu tanto
quanto o último, porém seguiu a linha pop/rock, que a banda assumira no disco
anterior. O álbum conseguiu emplacar quatro sucessos, "Eu não sou um
bom lugar", "Enquanto houver sol", "Provas de
amor'" e "Vou duvidar. Recentemente, em 2005, lança o
terceiro disco ao vivo de sua história, e o primeiro gravado no Brasil,
"MTV Ao Vivo", com algumas músicas dos 25 anos de história da banda e
com as inéditas "Vossa Excelência" (composta em meio ao Escândalo do Mensalão), "Anjo
Exterminador" e "O Inferno São Os Outros".
É inegável que os Titãs, graças a seus discos
clássicos da segunda metade dos anos 1980, têm lugar de destaque na história da
música popular brasileira da segunda metade do século XX,
bem como continuam influenciando bandas contemporâneas.
Jovens artistas brasileiros que se destacam por seu
conteúdo "engajado" e letras "inconformistas" são também
corriqueiramente associados aos Titãs, principalmente da fase Cabeça Dinossauro.
Em 2007, os Titãs completam 25 anos de carreira,
comemorados com uma série de shows junto com os Paralamas do Sucesso, que também completam 25
anos de carreira. A série de shows, que se estendeu pelo ano de 2008, culminou
em um espetáculo realizado na Marina da Glória, Rio
de Janeiro, em janeiro de 2008, e lançado em CD e DVD intitulado Paralamas
e Titãs: Juntos e Ao Vivo.
Em 2009, Branco Mello confirma no site oficial dos
Titãs a estreia, em fevereiro, do filme A Vida Até Parece uma Festa.
Exibido no circuito paulistano, o filme dirigido por Branco Mello e Oscar
Rodrigues Alves recebeu elogios da crítica especializada; especialmente da
Revista Veja que deu três estrelas para o documentário. No dia 01º de Outubro
de 2009, o documentário é eleito o melhor do ano na categoria
Filme/Documentário de música do VMB.
Novos projetos
Após 6 anos sem lançar um disco de estúdio (o mais
longo período da carreira da banda), na primeira quinzena de junho de 2009 foi lançado Sacos
Plásticos, produzido por Rick Bonadio e lançado por sua gravadora, a Arsenal
Music (com distribuição da Universal
Music). O disco marca a entrada da banda em um novo selo, depois de seis
anos pela Sony
BMG.
Bonadio ficou conhecido por produzir bandas de
hardcore, popcore e, recentemente, emocore, como as bandas Charlie
Brown Jr., Tihuana,
CPM 22, Hateen, NX Zero, Fresno,
Strike
entre outras. Além disto, também foi produtor dos extintos Ira! (nos álbuns
Acústico MTV e Invisível DJ) e Mamonas Assassinas (sendo apelidado por eles de
"Creuzebek").
Os dois primeiros singles do disco são "Antes
de Você" e "Porque Eu Sei Que é Amor", ambas na voz de Paulo
Miklos. As canções foram incluídas nas trilhas sonoras de duas telenovelas da
Rede Globo: Caras & Bocas (19h) e Cama de Gato (18h), respectivamente. A
trama das 18h ainda tem como tema de abertura "Pelo Avesso", do disco
Como Estão Vocês? (2003), na voz de Sérgio
Britto.
A banda dispensou seus músicos de apoio,
tornando-se apenas um quinteto. Branco Mello, vocalista, assume o baixo em
definitivo (em outras turnês, Branco tocava apenas em algumas músicas). Sérgio
Britto, tecladista e vocalista, também se divide entre o teclado e o baixo. O
também vocalista Paulo Miklos, por sua vez, assume a guitarra rítmica. Tony
Bellotto e Charles Gavin continuam como, respectivamente, guitarrista solo e
baterista.
Sacos Plásticos foi o disco da banda que contou com
o maior número de videoclipes em toda a história dos Titãs. Ao todo, foram 5
clipes; Antes de Você, Porque Eu Sei Que é Amor, A Estrada,
Amor Por Dinheiro e Quanto Tempo (a ser dirigido pela atriz Malu Mader,
esposa de Tony Bellotto).
Saída de Charles Gavin e turnê
Sacos Plásticos
No dia 12 de fevereiro de 2010, os Titãs anunciaram
em seu site oficial que o baterista Charles Gavin estaria deixando a banda por
motivos pessoais. Os outros quatro músicos continuarão com seus compromissos
relacionados à turnê do álbum Sacos Plásticos, e o baterista contratado
para acompanhar a banda é Mario Fabre. Segundo o guitarrista Tony
Bellotto, Charles Gavin saiu da banda porque "É difícil envelhecer num
grupo de rock".
Dias após a esse comunicado, Gavin disse em
entrevista, que sua saída já estava acertada desde a pré-produção do álbum Sacos
Plásticos e durante a turnê com Os Paralamas do Sucesso. Um dos problemas
de Charles, foram sintomas de pânico e depressão, além do grande desgaste de 25
anos de turnês. Gavin pensou em se licenciar durante a Sacos Plásticos Tour
(2009-2010), mas disse que não dava pra ficar longe dos Titãs com tantos
compromissos.
Rock In Rio IV, Futuras
Instalações e 30 Anos de Carreira
No dia 23 de
Setembro de 2011,
ao lado d'Os Paralamas do Sucesso, a banda participou
do show de abertura da quarta edição do Rock in Rio,
no palco princial. O show contou com a abertura de Milton
Nascimento, ao lado de Tony Belloto e da Orquestra Sinfônica Brasileira,
tocando Love Of My Life, do Queen. O show também contou com a participação de Maria
Gadú. No dia 2 de Outubro de 2011, a banda se
apresentou no palco sunset do festival ao lado da banda portuguêsa Xutos & Pontapés.
Logo após a essas apresentações, é encerrada a Sacos
Plásticos Tour, que durou dois anos e deu lugar ao novo show Futuras
Instalações. A nova turnê nada mais é que um teste para novas canções que
estarão no novo álbum da banda, previsto para 2012/2013, além da banda
tocar alguns clássicos.
Além do novo álbum e da nova turnê, está previsto
para este ano, o show Cabeça Dinossauro, onde a banda irá executar o
clássico lançado em 1986
na integra, o retorno a gravadora Warner
Music, com o relançamento da discografia da banda lançada entre 1984 e 1999, e uma turnê
comemorativa de 30 Anos de Carreira, com a presença de Arnaldo
Antunes, Nando Reis e Charles
Gavin, ex-integrantes da formação clássica dos Titãs. O show foi confirmado
por Paulo Miklos antes de uma apresentação em Manaus. Em São Paulo, cidade
natal da banda, o show de celebração dos 30 anos ocorreu no Espaço das
Américas, na Barra Funda, na noite de 6 de outubro de 2012.
Discografia
Ver artigo principal:
Anexo:Discografia dos Titãs
Álbuns
- 1984 - Titãs
- 1985 - Televisão
- 1986 - Cabeça Dinossauro (Relançado em 2012)
- 1987 - Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas
- 1988 - Go Back (ao vivo)
- 1989 - Õ Blésq Blom
- 1991 - Tudo ao Mesmo Tempo Agora
- 1993 - Titanomaquia
- 1994 - 84 94 (Um)
- 1994 - 84 94 (Dois)
- 1995 - Domingo
- 1997 - Acústico MTV Titãs (ao vivo)
- 1998 - Volume Dois
- 1999 - As Dez Mais
- 1999 - Sempre Livre Mix - Titãs e Paralamas Juntos ao Vivo
- 2001 - A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana
- 2003 - Como Estão Vocês?
- 2005 - MTV ao vivo Titãs
- 2008 - Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo
- 2009 - Sacos Plásticos
- 2012 - Titãs e Xutos e Pontapés - Ao Vivo no Rock in Rio
DVDs
- 1997 - Acústico MTV Titãs
- 1998 - Volume Dois: Ao Vivo
- 2002 - Luau MTV Titãs
- 2005 - MTV ao vivo Titãs
- 2008 - Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo
FONTE.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3s_%28banda%29