Barão Vermelho é uma banda
de rock brasileiro fundada em 1981, na cidade do Rio de
Janeiro, Brasil.
Juntamente com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e os Titãs
é considerada uma das quatro bandas brasileiras mais influentes fundadas na
década de 80.
O Começo
Após assistirem um show da banda Queen no Morumbi,
em São Paulo,
surgiu o desejo em Guto Goffi (Flávio Augusto Goffi Marquesini), bateria, e Maurício
Barros (Maurício Carvalho de Barros), teclado, de 19 e 17 anos de idade, em
formar uma banda de rock. Em outubro de 1981, os dois estudantes
do Colégio da Imaculada Conceição, no Rio de
Janeiro, chegaram a um nome para o sonho: Guto sugeriu e Maurício
concordou que o aviador alemão Manfred von Richthofen, principal inimigo
dos Aliados na Primeira Guerra, batizasse o grupo com seu
codinome: Barão Vermelho. Dias depois, a dupla se uniu a Dé (André Palmeira Cunha),
baixo,
e Frejat
(Roberto Frejat), guitarra. Os ensaios ocorriam sempre na casa dos pais de
Maurício e, como a banda ainda não tinha vocalista, através de uma amiga de
escola, Guto conseguiu contato com um vocalista chamado Léo Guanabara (que veio
a ser conhecido como Léo Jaime), mas uma incompatibilidade devido ao
timbre da voz de Léo Jaime ser suave demais para o rock do Barão, fez com que
ele não fosse aprovado pela banda. Léo não se aborreceu com isso, pois já
integrava três bandas (entre elas João Penca e Seus Miquinhos
Amestrados), indicando Cazuza (Agenor de Miranda Araújo Neto). O Barão Vermelho então
estava completo.
Barão Vermelho e Barão Vermelho 2
Em 1982, o som do Barão Vermelho, lançado nas lojas dia 27
de setembro, se espalhou um pouco e agradou muito o produtor Ezequiel Neves
(José Ezequiel Moreira Neves, jornalista) e o diretor da Som Livre,
Guto Graça Mello. Juntos, eles lançaram a banda e, com uma produção
baratíssima,em quatro dias, foi gravado o primeiro álbum do Barão, que recebeu
o nome da banda. Das músicas mais importantes, destacam-se "Bilhetinho
Azul", "Ponto Fraco" e "Down Em Mim".
Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao
estúdio, agora por um mês inteiro, e gravou o LP "Barão Vermelho 2",
lançado em 1983.
Maior Abandonado e Rock In Rio
Embora o quinteto pudesse ser promissor, as rádios
não pensavam assim, e se negavam a tocar suas músicas. Só depois que Ney Matogrosso
gravou "Pro Dia Nascer Feliz", é que as rádios passam a tocar a
versão original do Barão Vermelho. Nessa mesma época, Caetano
Veloso reconheceu Cazuza como um grande poeta e incluiu a música
"Todo amor que houver nessa vida" no repertório do seu show. O
Barão Vermelho começou a ter o destaque que merecia, a repercussão foi tanta,
que eles foram convidados para compor a trilha sonora do filme Bete Balanço,
de Lael
Rodrigues, em 1984, e o seu som se espalhou pelo Brasil.
Aproveitando o embalo, o Barão Vermelho lançou o terceiro disco, Maior
Abandonado, em 1984,
conseguindo vender mais de 100 mil cópias em apenas seis meses.
Em 1984, o Barão Vermelho tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira,
e em 1985,
foi convidado para abrir os shows internacionais do Rock in Rio.
Depois de tanto sucesso, estava claro para todos que a carreira da banda estava
consolidada.
Sem Cazuza e Volta ao Sucesso
Cazuza já havia expressado o seu desejo de fazer
trabalhos solo, e era apoiado por Frejat, contanto que, para isso, ele não
abandonasse a banda. A saída, no entanto, anunciada primeiramente ao público no
final de um show, foi conturbada, causando uma ruptura na forte amizade que
unia Cazuza e Frejat e que só veio a ser reconciliada anos depois. Com a saída,
Cazuza ainda levou consigo algumas músicas para o seu primeiro disco solo. A
banda superou, lançando a música "Torre de Babel", agora com
Frejat no vocal.
Em 1986, lançaram o quarto disco —Declare Guerra— e,
embora as composições contassem com a ajuda de grandes nomes, como Renato Russo
e Arnaldo
Antunes, o álbum não foi muito promovido. A banda então, sentindo-se
abandonada, assinou um contrato com a Warner e, em 1987, lançou o álbum Rock'n
Geral, que contava com a participação mais ativa dos outros membros nas
composições. Embora o disco tenha recebido boas críticas, ele não vendeu mais
que 15 mil cópias. No mesmo ano, Maurício deixou a banda, e entraram o
guitarrista Fernando Magalhães e o percussionista
Peninha.
Somente com três dos integrantes originais, a banda
lançou, em 1988,
o disco Carnaval, misturando rock pesado e letras românticas. O álbum
estourou nas rádios por conta da música "Pense e Dance", da novela
"Vale Tudo", de Gilberto
Braga, e foi um sucesso absoluto, garantindo ao Barão Vermelho a
oportunidade de abrir a turnê de Rod Stewart
no Brasil. No ano seguinte, 1989, ainda com a popularidade em alta, o Barão lançou o
sétimo disco Barão ao Vivo, gravado em São Paulo, e, nesse mesmo ano, a
gravadora Som Livre lançou a coletânea "Os melhores momentos de Cazuza e o
Barão Vermelho", incluindo vários sucessos como "Pro dia nascer
feliz", "Bete Balanço" e muitas outras. Esse álbum tem ainda
várias raridades como a música "Eclipse Oculto" (inédita) e "Eu
queria ter uma bomba", música que só era encontrada na trilha nacional da
novela "A gata comeu", exibida em 1985.
Em 1990, depois de constantes desentendimentos, o baixista Dé
abandonou a banda, dando lugar a Dadi, ex integrante dos "Novos Baianos"
e do "A Cor do Som". Ao mesmo tempo, Maurício
Barros regressa aos teclados da banda, participando como músico convidado dos
álbuns e das turnês. Também nesse ano, o Barão grava o disco Na Calada da
Noite, mostrando o lado mais acústico do grupo. É nesse álbum que está a
música "O Poeta está Vivo"; uma alusão a Cazuza, que morreria alguns
meses depois de complicações causada pelo vírus da AIDS.
Ainda em 1990, todos os integrantes da banda são apontados como os
melhores de suas categorias, e em 1991, a banda é escolhida, por unanimidade de público e
crítica da revista Bizz,
como a melhor banda do ano. Em 91 e 92,
o Barão Vermelho recebe o Prêmio Sharp
de melhor conjunto de rock, e, ainda em 92, são eleitos como a
melhor banda do Hollywood Rock daquele ano. O baixista Dadi foi
então substituído por Rodrigo Santos.
Em 2001, após apresentar-se no Rock in Rio 3 Por Um
Mundo Melhor, os integrantes resolveram dar uma "pausa" na banda a
fim de desenvolverem projetos pessoais.
Atualmente
O retorno ocorreu em 2004. O Barão Vermelho se
reúne novamente e lança um novo álbum, "Barão Vermelho", com o puro
rock'n'roll do início da carreira, incluindo "hits" como
"Cuidado" e "A Chave da Porta da Frente". No dia 12 de
janeiro de 2007, a banda faz seu último show no Rio de Janeiro, antes de nova
parada "de férias" - a segunda na década. Seus integrantes passaram a
dedicar-se a projetos solo. Antes da segunda parada, a banda lançou um livro
sobre sua carreira e do DVD com o histórico show no Rock in Rio
I. Não há previsão de retorno, porém alguns integrantes (como o baixista
Rodrigo Santos e o vocalista Roberto Frejat) cogitam a volta do Barão aos
palcos a partir de 2012.
Cinema
O Barão teve uma participação no cinema em 1984 com o filme Bete Balanço,
onde Cazuza
(ainda vocalista na época) compôs a música tema do filme, ambos fazendo o papel
de si mesmos, e Cazuza interpretando Tininho, um compositor.
Discografia
Álbuns de estúdio
|
Coletâneas
- Melhores Momentos: Cazuza & Barão Vermelho (1989)
- Balada MTV (1999)
- Pedra, Flor e Espinho (2002)
Álbuns ao vivo
- Barão ao Vivo (1989)
- Acústico MTV (1991)
- Barão Vermelho ao Vivo (1992)
- MTV ao Vivo (2005)
- Rock in Rio 1985 (2007)
DVDs Oficiais
- 1999 - Balada MTV
- 2005 - MTV Ao Vivo (DVD)
- 2006 - Box MTV Barão Vermelho (caixa com 3 DVDs)
- 2007 - Rock in Rio 1985 (DVD)
Barão Vermelho - Por você
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