O Rappa
é uma banda
brasileira
conhecida por suas letras de forte impacto social. Seu
ritmo não é exatamente definido nem mesmo pela própria banda. Embora seja de
início principalmente reggae e rock, a banda também incorporou elementos de samba, funk, hip-hop,
rap e MPB. Um de seus maiores
sucessos, a canção "Pescador de Ilusões", composta pelo
baterista do grupo na época, Marcelo Yuka, tornou-se sucesso no CD em que foi lançada
primeiramente, Rappa Mundi, e novamente no Acústico MTV de 2005, com o refrão "Valeu
a pena, valeu a pena". O mesmo feito de popularidade veio com a canção
"Me Deixa", também de Marcelo Yuka. Em 2005 foi lançado o Acústico
MTV, no qual a banda resgata alguns sucessos e outras canções nem tão
famosas, do primeiro ao último disco lançado na época, e introduz duas canções
inéditas: uma feita especialmente para o Acústico,
"Na frente do Reto" - e outra que entraria em O Silêncio Q Precede O Esporro
- "Não perca as crianças de vista" - mas ficou de fora da
lista de canções. O Rappa já vendeu contando com álbuns de estúdio, ao
vivo, álbuns de video, singles, ep's e etc, mais de 5 milhões de cópias em todo
o mundo.
Em 1993, com a vinda do cantor regueiro Jamaicano
Papa Winnie
ao Brasil,
foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor em suas
apresentações. Formada por Nelson
Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios
alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo
Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre
Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite
de Paris
e Marcelo Yuka,
que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio
do jamaicano, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no
jornal O Globo
para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo
Falcão foi o escolhido.
A decisão sobre o nome da banda envolveu opções
como "Cão-careca" e "Bate-Macumba". O nome
escolhido, O Rappa, vem da designação popular dada ao ato em que policiais
interceptam camelôs,
o rapa. Com um p a mais para diferenciar, o nome foi escolhido. Um
exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser
encontrado na canção "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio
Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi.
Finalmente, com Falcão na voz,
Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra,
Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa. Em 1994, lançaram seu
primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o único
disco com a presença de Nelson Meirelles, que abandonou a banda por
motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias,
que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo. Em 1996, foi lançado o Rappa Mundi,
que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as
canções foram sucesso. Entre elas, Pescador de Ilusões, A Feira, Miséria
S.A., Ilê Ayê, O Homem Bomba, a regravação de Vapor Barato
que ficou conhecida na voz de Gal Costa e a versão nacional para o sucesso de
Jimi Hendrix,
Hey Joe. Depois de três anos sem um álbum novo, em 1999 vem a público Lado B Lado A.
Com letras "mais fortes" que o anterior, mostra o amadurecimento da
banda e revela Yuka como letrista de alto nível em canções como Minha Alma (a paz
que eu não quero), O Que Sobrou do Céu, Me Deixa e Lado B
Lado A, além de Tribunal de Rua, que narra história baseada em fato
real, conhecido na mídia como "Rambo, o torturador", que foi a capa
da revista Veja
de 9 de abril
de 1997.
Os videoclipe das duas primeiras foram premiadíssimos, tornando-se sucesso
nacional. Em 2000,
O Rappa causou "comoção pública e muita indignação" entre
diversas bandas no Rock in Rio que ocorreria no ano seguinte, a
banda seria colocada antes de alguns americanos, e protestaram. Foram retaliados
com exclusão, e 5 bandas brasileiras saíram do festival em protesto (Skank, Raimundos,
Jota Quest,
Cidade Negra e Charlie Brown Jr.)
Em novembro de 2000, o baterista
Marcelo Yuka
foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de
assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato
assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato, contribuinte do O
Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa
voltou a tocar. Mesmo debilitado, o baterista voltou ao grupo e no mesmo ano
lançaram o disco Instinto Coletivo ao vivo, com um show gravado
em 2000,
ainda com Yuka na bateria e três inéditas de sua autoria. Yuka desligou-se da
banda deixando inimizade com os outros companheiros, alegando ter sido expulso
por não concordar com o novo rumo que a banda vinha seguindo. Yuka fundou outro
grupo, F.ur.t.o
(Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que faz parte de um projeto social
homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa o
possibilitava. A dedicação de Yuka ao projeto F.ur.t.o.
pode ser vista mesmo durante sua estadia n'O Rappa: ele aparece com uma
camiseta preta com o nome F.ur.t.o. em branco durante o vídeo clipe
Minha Alma (A paz que eu não quero) vídeo clipe que deu toda a projeção
ao O Rappa como movimento social e não somente uma banda de rock.
Em 2003, O Silêncio Q Precede O Esporro,
primeiro álbum sem ligação com Yuka foi lançado. Sem as letras de Yuka, Marcos
Lobato, tecladista
colaborador, tornou-se o principal compositor com a autoria de diversas canções
de sucesso como Reza Vela, Rodo Cotidiano e Mar de Gente.
Em parceria com Carlos Pombo compuseram O Salto, com letra forte em
relação ao resto do disco, mais ameno sem as letras de Yuka. Em seguida foi lançado
o DVD homônimo, gravado ao vivo no Olimpo, Rio de Janeiro. Em 2005, atendendo a convite
por parte da MTV Brasil, a banda gravou o especial Acústico MTV com participação de Maria Rita
em "O que sobrou do céu" e "Rodo Cotidiano",
e Siba,
do Mestre Ambrósio, na rabeca em
algumas canções. O disco também rendeu um DVD com algumas canções
além das presentes no CD.
No dia 7 de julho
de 2007,
O Rappa realizou um concerto na etapa brasileira do festival Live Earth
no Rio de Janeiro. Em 2008
eles lançaram seu mais recente álbum, 7 Vezes.
A faixa escolhida para primeiro single, Monstro Invisível, chegou as rádios no dia 8 de julho
e fez muito sucesso, sendo bastante executada. Destaque também para o segundo
single, Meu Mundo é o Barro e Hóstia. Em 22 de agosto
de 2009,
O Rappa fez um show na favela da Rocinha, onde foi gravado o seu mais
novo DVD ao vivo.
Ele contem várias músicas do álbum 7 vezes, mas também conta com músicas
antigas como "Hey Joe", "Minha Alma", "Me
Deixa" entre outras.
Discografia
Tabela de discos
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Nome do álbum
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Gravadora
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Ano de lançamento
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Participações
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Ao Vivo
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FONTE.: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Rappa
O Rappa - Hey Joe
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